24 setembro 2018

[Style Tip] Moda, luxo e cosmética sustentável

Há uns anos tornei-me vegan, embora não seja uma vegan pura porque como peixe.

Comecei a ter mais consciência por uma alimentação saudável, pelos cuidados com a natureza e pela sensibilidade de não fazer mal a nenhum animal, pelo que mudei de filosofia de vida.

Sendo sócia do café My Mother's Daughters: um café vegan, plant based e alimentação saudável, tornei-me mais consciente de que devemos tratar bem o nosso planeta e isso passa por uma alimentação saudável e ecológica, sem tratar mal os animais e por um consumo de bens mais consciente que não testem em animais(como a cosmética), bem como que não usem peles de animais na moda.

Além, de cada vez mais praticar o slow fashion: comprar roupa em menos quantidade, privilegiando a qualidade, comecei a fazer compras mais conscientes e ecológicas.

Li um artigo na revista Máxima, sobre moda ecológica e fiquei ainda mais elucidada, consciente, com desejo de mudança e investir numa moda mais ecológica!

As conclusões que retiro desta leitura são as seguintes:

Stella Mccartney foi a pioneira do luxo ético há 15 anos, inventando uma moda radical e desejável.
Ao substituir o pelo e as peles de animais e a cola de peixe por materiais ecológicos como couro à base de micélio, seda de aranha ou caxemira reciclada.

Esta estilista abriu o caminho à inovação verde no universo do luxo.

Actualmente, os consumidores millennials estão mais conscientes e em busca da transparência sobre a origem das suas roupas e da naturalidade nos produtos cosméticos.

"As pessoas com menos de 30 anos, têm, cada vez mais, a consciência de que a moda é a segunda indústria mais poluente do mundo, após o sector pretolífero" comenta Cecile Lochard, consultora e co-autora do livro Lux et Développement Durable.

"Os sectores da moda e da beleza já não podiam prevalecer sobre matérias-primas raras sem se preocuparem com o colapso da biodiversidade ou o sofrimento dos animais, Ao menor deslize, a informação circula nas redes sociais e a imagem das marcas é afectada."

"Não se passa nem um mês sem que esta ou aquela marca anuncie a sua conversão ao fur-free(não usar pelo de animais), uma parceria com uma start-up ecológica ou o lançamento de uma cadeia de fornecimento responsável."

"Há 10 anos que a transição ecológica da indústria de luxo tem vindo a ganhar força."- acrescenta Cecile Lochard.

"A ecologia já não é considerada uma obrigação, mas uma oportunidade de inovar e de criar valor".

Assim, a ascensão das marcas mais recentes com preocupações ecológicas desafia as gigantes de luxo.

"A ecologia já não é uma opção. É uma necessidade.", comenta Marie-Claire Daveu, directora de desenvolvimento sustentável da Kering.

Encontramos o mesmo voluntarismo no grupo LVMH.

Deste modo, devemos:

1) Valorizar o bem estar animal
Armani em 2016 e grandes nomes da moda, como Gucci, Versace ou John Galliano abandonaram este ano o uso do pelo.
"As peles preciosas exóticas, como a de crocodilo ou de pitão, perderam valor porque há cada vez menos vontade de usar a pele de um animal morto. As tendências vegan e contra o uso do pelo, obrigaram a moda a redefinir-se"- afirma Barbara Coignet, fundadora da Biennale 1.618, dedicada ao luxo inovador e sustentável.

Face à inquietude dos consumidores, as marcas multiplicam as auditorias às empresas de criação de animais.

Para evitar o excesso de maus tratos, a Vuitton e a Hermes verificam todas as suas unidades de criação de crocodilos, de coelhos e avestruzes a cada 2 anos.

"As marcas devem provar que respeitam o bem estar animal"- comenta Cecile Lochard.

Algumas pioneiras garantem as suas cadeias de fornecimento enquanto tentam ter um impacto positivo nos ecossistemas. Exemplo disso é a marca italiana Loro Piana.

2)Incubar biotecnologias
As marcas gigantes abrem-se cada vez mais às start-ups de biotecnologia.

3) Preservar o vegetal
No mundo da Beleza, o sucesso das pequenas marcas bio ou ecológicas, como Tata Harper, espicaça as gigantes da cosmética.

Com uma aposta crescente na naturalidade, estas últimas aligeiraram os seus produtos e reduziram os seus ingredientes químicos.
"Comprometer-se com a preservação das matérias-primas vegetais é uma necessidade económica para assegurar as cadeias de produção." comenta Tristan Lecomte, fundador da Pur Projet, que realiza auditorias para as gigantes de luxo.
Guerlain, Chanel, L'Oréal etc, todas as grandes marcas criaram cadeias de fornecimento sustentável.

4) Copiar a vida
Imitar a natureza para inovar: é esta a última tendência.

5) Objectivo: zero resíduos
"O luxo do séc. XXI não tem medo dos resíduos e cria valor a partir de matérias-primas desprezadas" comenta Barbara Coignet da Biennale 1.618.
"O luxo inscreve-se agora numa tendência care green que consiste em cuidar de si próprio e do planeta", comenta o antropólogo Marc Abélès, autor de Un Ethologue au Pays du Luxe.

Resta que as marcas fast fashion também tenham uma consciência ecológica, sustentável e ética para a maioria dos consumidores ter acesso a produtos care green.

Nós devemos ter uma consciência mais activa e pesquisarmos, de acordo com o nosso orçamento financeiro, produtos care green.

Aqui ficam alguns exemplos de roupa de luxo ecológica, linda e de muita qualidade, criada por Stella Mccartney.









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